Estou
dedicando muito tempo e energia, refletindo muito sobre o que me incomoda.
Quanto mais perto dos trinta anos, melhor quero me entender e mais intenção
tenho de me aceitar. Alguns defeitos no pacote para que eu jamais esqueça que
sou humana e que essa é uma passagem de aprendizagem. É duro ser perfeccionista
e saber no fundo que ser perfeito não existe e não é bem o que eu quero. É duro
ser ansiosa e saber que os nós que eu tenho na boca do estômago prestes a algum
acontecimento importante não mudam absolutamente nada sobre ele. Estou perdendo
a vergonha de não ser estritamente uma coisa só, de não ficar posta sobre
verdades maiores que eu. Percebo que prefiro dançar entre as coisas que eu
entendo e que não, prefiro que me dêem a mão, nada nessa vida vai substituir a
companhia de quem me quer bem.
Mas o que me incomoda. Eu preciso olhar pra isto.
Preciso saber porque o que o outro fala que não me afeta me incomoda. Porque as
mentiras dos outros me dão uma ponta de culpa e reserva. Porque o o lema da
vida do outro bate na minha moral e eu ouço um estilhaço. No fundo do meu
coração eu quero que todo mundo disfrute da sua liberdade no tamanho que ela
tem pra cada um. E espero que essa mania de me incomodar, me questionar e me
identificar, jamais me leve pra os extremos da existência. Paz interior pra mim
é que alguém me dê a mão, nada nessa vida vai substituir a companhia de quem me
quer bem.
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