Estou
vivendo para você. Para tudo que você me dá. O que você me traz nessa surpresa
sutil da passagem das horas, certamente tem o dedo do anjo com quem converso
diariamente. Não sei que nome dar ao anjo. Nome de mulher eu quero dar, porque
embora esse gênero de homem lhe tenha caído bem ao longo da história da língua
portuguesa, é um anjo feminino em mim que me olha e me entende. Sabe do meu
medo quando minhas aventuras se desenrolam para mim. Tem um pouco de pavor das
palavras das pessoas. Se afasta razoavelmente do negativo. Vive na medida do
possível da fé.
É
uma criatura um tanto estranha, pois não fala e parte do seu dever de
existência é me ouvir. Me mantém forte. Me dá sorte. Não impede que eu me
importe demais. Na verdade, me deixa sofrer como parece que deve ser. Me
permite o sabor de cada parte que compõe o viver. Não me deixa esquecer de
marcar a minha passagem com gratidão. Obrigada já, agora, hoje,
então.
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