sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

[HUMANO AMOR]

Amo
Um ser humano –
pele, osso, carne, cor.
Anda, fala, ri, chora, sente.
Às vezes mente.
Julga as coisas mundanas exageradamente,
age humanamente ao meu redor.

Todo dia
Faço dele alguém pra mim
apostando minhas fichas de fé e esperança
Não investidas na mudança,
mas em sincronizar a nossa dança,
abençoar a nossa graça,
crescer a nossa força –
Sabendo da certeza de nossa passagem,

Sentindo como quem veio pra ficar. 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

[sem título]


Que bom seria ter um amor como você. Amor que acordasse cedinho, que gostasse de café forte e tempo frio. Iríamos a lugares humildezinhos caminhar desperdiçando o tempo. Falaríamos dos assuntos que nos atormentam. Da de Maria que casou, do salário que atrasou, de como a vida pode ser ingrata e sem sabor.

Que pena que esse mundo é o lugar em que viemos parar. Que bom que para compensar, nos encontramos. Que maldade a minha de, de te querer para mim sem limites. Tenho vontade de saber se sou mesmo apenas fruto da humanidade pós-moderna convencida pelas convenções ou se é mesmo amor essa coisa que me faz mal conseguir respirar.