domingo, 27 de abril de 2014

[LÍNGUA MÃE]


Materna.
Em teu seio, ó liberdade.
Canta em tons nordestinos
na minha fala
inexoravelmente.
Resolve os meus sentimentos
Ordena os meus momentos
Me põe moderna.

Manda na minha poesia
Medo do que dela não conheço.
Amando vou, no presente
A mando de meu próprio coração
Distorcendo-a livremente
Com a maior
E sem a menor intenção.

Se me deparo com ela no silêncio,
inimiga.
Se a completo com  línguas primas,
abriga.

No escuro do meu peito
Sem anunciação e sem jeito
Deixo ela me narrar a vida
À torto e à direito.

Foto: Museu da Língua Portuguesa

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