Materna.
Em teu
seio, ó liberdade.
Canta em
tons nordestinos
na minha
fala
inexoravelmente.
Resolve os
meus sentimentos
Ordena os
meus momentos
Me põe
moderna.
Manda na
minha poesia
Medo do que
dela não conheço.
Amando vou,
no presente
A mando de
meu próprio coração
Distorcendo-a
livremente
Com a maior
E sem a
menor intenção.
Se me
deparo com ela no silêncio,
inimiga.
Se a
completo com línguas primas,
abriga.
No escuro
do meu peito
Sem
anunciação e sem jeito
Deixo ela
me narrar a vida
À torto e à
direito.
Foto: Museu da Língua Portuguesa
Foto: Museu da Língua Portuguesa