Mãos.
Mãos finas
que afagam.
Mãos minhas
que mães
do resto do
meu corpo.
Dóem quando
sem tato,
caem quando
não sei.
Mãos
simples que francas,
que
infantis no regaço
que
discretas no cansaço
e no calor.
Mãos que
sem amor
não tem
porquê.
Mãos irmãs
em que se
parecem
Incertas de
que se merecem.
Mãos não
presas,
mas
tesas no
que quero dizer.
Quando
dadas,
oferecidas
numa entrega,
o são em
dobro -
logo
são ímãs do
bom
onde as
palmas,
assim como
as linhas da vida,
não hesitam
em ir.